Mini Museu sobre a Comunidade de Vila Palmeira
"Certifico que revendo os autos de inventário e partilhas aqui (...) de Antônia Maria de Jesus neles que coube a cada herdeiro órfãos filhos do falecido Athanázio José Lopes e Ana Joaquina Peixoto no campo denominado Rincão da Palmeira, a quantia de trinta e três mil, trezentos e trinta e três réis no Mato do dito campo, cada um a quantia de dezesseis mil réis, cujos órfãos são os seguintes: Ana, Antônia e José e emancipados, Manoel, Maria e na dúvida João".
o lugar é conhecido hoje como Vila Palmeira, tanto da faixa (RS 030) para baixo como para cima.
Contam os antigos também, que desde o início das fazendas, surgiram as paragens dos Rodeios (1900 - 1930) para a marcação e vacinação do gado. Como na época não existiam cercas para dividir os bois, era preciso ser feita a marcação para que os donos pudessem identificar seus gados que acabavam se misturando. Era dia de festa, pois ainda não existia a igreja. Compareciam as mulheres e as crianças e o Rodeio da Palmeira era aguardado com muita ansiedade.
Somente por volta de 1930-1932 é que foi surgindo a Vila, com o asfaltamento da RS 030, com o surgimento do campo de futebol, da igreja e da escola.
A Igreja Santa Teresinha começou sua história no ano de 1946 graças a Dona Currucha, Dona Ana e Dona Alice que percorriam longas distâncias de charrete para conseguir doações para a construção da capela. Foi escolhida Santa Teresinha como Padroeira em 1947, onde foi realizada uma festa. Os festeiros foram Sr. Humberto Massulo e Adiles Massulo. A festa foi realizada no antigo clube esperança, pois a igreja ainda não existia. O terreno foi doado por quatro irmãos: Dário, Ademar, Davenir e Darci Silveira Machado. A primeira festa realizada na igreja foi no dia 24 de junho de 1948, sendo os festeiros: João Marques Peixoto e Ana Luiza Peixoto. Com o crescimento das atividades religiosas, a capela foi crescendo e foi construído o salão com a doação do terreno feita pelo Sr. Domiciano Ferreira. Nossa Padroeira Santa Teresinha deixou-nos sua missão:
No coração da Igreja serei o amor.
O amor nunca falha, e a vida não falhará enquanto houver amor.
A escola da comunidade teve suas primeiras atividades em uma casa alugada em frente ao prédio que a escola se situa nos dias de hoje. Os alunos eram matriculados dos 6 aos 25 anos e todos estudavam juntos. Em 1936, Antônio Peixoto de Castilhos e João Marques Peixoto doaram, cada um, meio hectare de terra para a construção do educandário, inicialmente construído de madeira. Ezequiel de Oliveira Nunes foi o primeiro Diretor da rede estadual, na época mantida pela Prefeitura. Professor Ezequiel usava a famosa vara de marmelo que servia para acalmar as crianças. Usava um fardamento escuro o que lhe rendeu o apelido de urubu e morava nas dependências da escola. Inicialmente a escola chamou-se Aula Rural Estadual (1937-1938), depois, Aulas Reunidas do Passo Sabiá. Somente em 11 de março de 1942, pelo decreto estadual 502, a escola recebe o nome de Grupo Escolar Professor Cândido de Barros, em homenagem a um dos primeiros educadores da cidade de Santo Antônio da Patrulha. Com o decorrer dos anos a escola foi crescendo, e hoje, o Candinho como é carinhosamente chamado por todos os alunos, professores, funcionários e integrantes da comunidade dispõe de Ensino Médio para oferecer a nossa tão abençoada Vila Palmeira e comunidades vizinhas.
Casa antiga da comunidade |
1937 |
Festa para Construção da Capela Santa Teresinha |
Grêmio Esportivo Liberdade - Estádio Vovó Lavinia |
Comercial Palmeira - Armazém do Seu Dinarte |
Referências:
Luciano Peixoto - Historiador e Decorador
Santo Antônio da Patrulha - Reconhecendo sua História"