sábado, 2 de abril de 2011

Minha vida...

Meu nome é Indiara da Silva Schuler, nasci no dia 30 de outubro de 1978 no Hospital Municipal de Santo Antônio da Patrulha, cidade que resido até hoje. Moro com meus pais, no bairro de Vila Palmeira, interior do município, a 10 km do centro da cidade e sou filha única.
 Cresci no mesmo lugar que moro, talvez por essa razão me identifico muito com o mesmo. Fui uma criança tranqüila, obediente e feliz. Acreditei em coelhinho da Páscoa, em Papai Noel, em conto de fadas e fui mais feliz ainda.  Estudei meus primeiros anos escolares na Escola Estadual Professor Cândido de Barros, escola essa, que tenho maior orgulho e admiração. Construí amizades que levo até hoje no coração e na lembrança. A pracinha da escola, a sala de aula, o “recreio” e não o intervalo, a “merenda” e não a hora do lanche, o avental da pré escola xadrez de azul e branco com o desenho da Luluzinha no bolso da frente...  Isso sim ficará para sempre. E a primeira professora? Há... quem não lembra dela! Professora essa que trabalhamos juntas depois de 20 anos. Na 7ª série fui estudar no centro da cidade, ia e voltava de ônibus sozinha, pensava que já era “gente grande”, não sabia eu que teria que ter muito mais responsabilidades sendo realmente “gente grande”.
Meu Ensino Médio foi concluído no ano de 1995, onde me formei Técnico em Contabilidade. Coincidência ou não, é no mesmo local onde hoje se inicia uma nova etapa da minha vida escolar.
Tive uma adolescência como qualquer outra, fui levada, fui brincalhona, quis bater de frente com pai e mãe como todo adolescente, quis viver somente para os amigos e namorados, mas ao mesmo tempo fui companheira, fui família, fui amiga, fui carinhosa e aprendi que nem tudo na vida é fácil como quando eu era criança. Sempre tive muito apoio da minha família e quando necessário levei também muitos “puchões de orelha”, afinal... a adolescência nunca será  uma etapa da vida lembrada com muito entusiasmo pelos pais, somente por nós mesmos enquanto não temos os nossos próprios filhos.
Trabalhei em uma Escola de Educação Infantil no ano passado como estagiária de uma turma de Maternal I, foi aí que me apaixonei pela profissão de professora, apesar de sempre ter sonhado muito com isso. É gratificante ver o crescimento deles, o desenvolvimento de cada aluno, o carinho que eles tem por nós professoras não tem preço. Vai ficar pra sempre na minha lembrança cada rostinho, cada palavra pronunciada com muito orgulho, palavra essa que talvez tenha saído de suas boquinhas pela primeira vez.
Falar deles é bom demais, mas voltando a minha vida, sou muito ligada as tradições, dancei por muitos anos em CTGs (Centro de Tradições Gaúchas), talvez por esse motivo me identifiquei com o curso Educação do Campo. Penso que me leva a “coisas do campo”, costumes, pessoas simples, lugares e lembranças da minha própria infância, além é claro, do grande desejo de ensinar e ser aquela professora lembrada pelos alunos como alguém que foi muito importante na vida deles, e quem sabe ser lembrada por eles em algum momento de suas vidas assim como lembrei da minha ao escrever esse texto.
Trabalho atualmente de recepcionista em uma fábrica de rapadura também no interior de Santo Antônio da Patrulha, passo o dia inteiro fora de casa e a noite procuro me dedicar a família e agora os estudos que também farão parte da minha rotina.
Busco ser uma pessoa cada dia melhor, procuro ver nas pessoas que me rodeiam o que elas têm de mais bonito dentro delas e assim espero que o mesmo aconteça a meu respeito. Quero me formar e fazer a diferença na vida de cada aluno, não quero ser somente a professora que passou na vida deles, mas a professora que marcou, a professora que é apaixonada pela educação e busca a realização em tudo o que faz.

           

Entrevista realizada com Antônio Rocha

terça-feira, 29 de março de 2011

Entrevista realizada com Cecílio Borba

Entrevista realizada com Edith Borba

O lugar em que eu vivo...


Vila Palmeira...

A comunidade em que eu vivo é no interior de Santo Antônio da Patrulha, fica a 11 km do centro da cidade. É uma comunidade rural, onde o meio de sobrevivência eram as lavouras e a criação de gado.
Havia uma única escola do 1º ao 5º ano, onde poucos tinham acesso devido a distância, pois não havia transporte. Essa mesma escola existe até hoje, mas já possui o Ensino Médio, que foi adquirido a somente 3 anos atrás.
Desde a minha infância convivo com a dificuldade de emprego neste local. Existe apenas um frigorífico como empresa e as pessoas precisam se deslocar para outros locais para trabalharem, situação esta que foi citada nas entrevistas realizadas.
Não existe saneamento básico e água encanada existe a somente 6 anos, até então sobrevivíamos com poços artesianos para aqueles que tinham condições financeiras de obter ou poços de buraco onde a água era puxada com um balde amarrado em uma corda.
De acordo com as entrevistas, a comunidade melhorou somente no aspecto da educação e no comércio, sendo assim, ainda se convive com as dificuldades de antigamente.
Precisamos de mais indústrias para gerar empregos e crescer como comunidade, e assim dar mais condições aos moradores que aqui vivem.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Educação do Campo

Olá colegas!
Fiquei muito feliz em fazer parte do grupo de pessoas selecionadas para fazer a faculdade de Educação do Campo. No inicio um pouquinho assustada por ser EAD, já que não tenho experiência com esse método de ensino. Prometo me esforçar bastante para concluir minhas atividades e realizar este sonho pois como meu título diz: SEMPRE HÁ TEMPO...